sexta-feira, 8 de junho de 2012

Concurso ENTRE//PALAVRAS: CRIATIVIDADE - tese final

Tese defendida na Final Nacional realizada em Braga, dia 6 de junho de 2012, resultante do trabalho coletivo realizado pelos alunos da nossa Escola e Colégio do Vale.

Criatividade é a capacidade de uma pessoa produzir algo inovador. É a manifestação da originalidade nas suas criações.
O Ser Humano no seu momento de criatividade torna-se um artista, o inventor… um criativo que utiliza uma série de recursos para chegar à sua obra.
Fica, contudo, por saber que qualidades, características ou capacidades têm os criativos que os tornem diferentes das outras pessoas. São ou não mais inteligentes? Que motivações têm para criar, tornando-se, portanto, diferentes e alvo de atenções? Que paixão ou paixões os movem?
A criatividade é o resultado de vários pontos de vista ou vários elementos que concorrem todos para um mesmo resultado. Para tanto, julgamos que há que ter em atenção características do próprio indivíduo como por exemplo a personalidade, temperamento, motivação e características intelectuais.
A criatividade é a junção das três áreas em questão: temperamento/personalidade; motivação e inteligência. Essa é a nossa perspetiva. Ser criativo revela, mesmo num ato espontâneo, um intelecto acima da média, alguém que soube ser visionário, estar na linha da frente. Contudo, o criativo pode não ter criado por “espasmo“ intelectual e sim por motivação e essa estará ligada a vários motivos:


  • Interesse ou desafio profissional
  • Curiosidade
  • Necessidade (muitas vezes ligada a momentos de crise e/ou pressão social)
  • Motivação
A auto motivação é uma característica fundamental. Que motivos terão para trabalhar em questões que ultrapassam o dinheiro ou o estatuto social!?
Ao longo da História da Humanidade presenciámos momentos de criatividade baseada em motivações extrínsecas ou intrínsecas, mas que revelam inteligência:


    A criatividade dos Romanos, construindo edifícios que, embora criativos, eram elevados com o objetivo de serem úteis e funcionais.

  • Os Descobrimentos, cuja principal motivação foi a Crise económica que mobilizou a sociedade;
 

  • Einstein motivado pela paixão, conhecimento, curiosidade, imaginação e pela Ciência, não necessitou de ser um estudante brilhante para ser um criativo e um cientista excecional.

Estamos a atravessar momentos de crise económica e financeira; está na altura de nos redescobrirmos e trabalharmos o ser criativo que existe em nós. Somos a geração com mais informação, mais acesso ao conhecimento. Mas como utilizar este conhecimento num mundo que nos corta o futuro? Através do investimento na nossa criatividade, não podemos esperar que outros nos resolvam os problemas; eivados pelo valor do povo das descobertas que tanto deu ao mundo, temos de reinventar novos caminhos.


  • Desenvolver ideias que projetem a nossa cultura, gastronomia, paisagens e hospitalidade (turismo de lazer, ecoturismo…);
 

  • Ambiente;
 

  • Investir em dar a conhecer as nossas cidades numa dinâmica cultural, mais virada para o entretenimento (visitas guiadas e animadas, peddy papers …);


  • Investir em projetos criativos e dinamizá-los em Portugal e no estrangeiro.

Mais predispostos a encarar os preconceitos que lhes possam limitar o raciocínio, as pessoas criativas não desistem facilmente dos seus objetivos e perseguem-nos, mesmo quando o percurso se lhes afigura longo, tortuoso ou mesmo aparentemente intransponível, pois a busca de uma solução “criativa” e original requer determinação e sobretudo muita paciência. Centram-se, portanto, na felicidade, na alegria de encontrar a solução.


A humildade é também um fator determinante para o sucesso. A curiosidade e o prazer em aprender coisas novas determina que estas pessoas estejam sempre dispostas a ouvir as críticas dos outros, a disponibilizarem-se emocionalmente para aprender sempre, são recetivos a novas ideias e factos e são também muito rigorosos e exigentes consigo. Nada é feito ao acaso.
A inteligência emocional tem sido muito estudada porque ajuda a resolver os problemas de uma forma consciente; esta capacidade, ao contrário do QI e outras medidas de inteligência tradicionais pode ser desenvolvida e aumentada.
A falta de controlo emocional tem um peso decisivo numa carreira profissional e a sua ausência gera conflitos laborais, falta de motivação e pode mesmo interferir nos resultados que se esperam numa tarefa.
E uma vez que os melhores se distinguem pela autoconfiança, autodomínio, integridade, capacidade de comunicar, influenciar e colocar-se no lugar do outro, adaptando-se à mudança, os criativos (e as pessoas em geral) só têm vantagens em desenvolver esta característica porque faz deles melhores e mais competentes profissionais, mais proativos, flexíveis, persistentes e motivados o que lhes permite encarar as dificuldades com mais otimismo. O ato criativo pressupõe, muitas vezes, um trabalho de equipa, daí que a confiança entre os seus membros seja essencial. Nas trocas sucessivas de ideias e upgrades de soluções é necessária confiança absoluta entre os membros; cada um confia incondicionalmente no outro, no reconhecimento mútuo e na contribuição de cada um. A confiança só existe quando a honestidade é absoluta e estruturante no relacionamento entre as pessoas.
Mas a criatividade pode ser travada por vários fatores. Há questões laborais que podem ser uma pedra na engrenagem criativa: maus ambientes de trabalho (chefes autoritários, colegas invejosos, falta de apoios, de cooperação e de confiança ou outros). Alguns destes bloqueios são exteriores ao próprio, outros não serão (pessoas que desistem quando se veem muito limitadas - situação esporádica, mas que pode acontecer ocasionalmente - afinal somos todos humanos e os criativos também); Há também pessoas que não têm habilidade para negociar clara e objetivamente o que necessitam para os projetos – isto quando se trata de pessoas a trabalhar para outros (bloqueios de comunicação); depois, há os bloqueios emocionais que surgem em pessoas inseguras e que têm medo de arriscar, têm medo que os considerem ridículos e por isso, dificuldade em arriscar.
A crise pode ter uma ação dupla: pode servir de motor de arranque ou travar a criatividade, devido à incerteza e à insegurança que está na nossa personalidade.
Em suma: a criatividade depende, a nosso ver, mais da motivação do que da inteligência individual, mas para atingir objetivos, para lidar com contrariedades e adversidades possuir inteligência emocional é muito importante.
Uma vez que o ato criativo resulta no cérebro como um “jogo” permanente entre o consciente e o inconsciente, a maior parte das vezes a solução do ato criativo surge num momento em que não pensamos nele.

 Equipa – Distrito Setúbal

Ana Luísa Florentim
Catarina Neves
Daniel Gonçalves
Fábio Soares
Inês Santos
Mafalda Parra
Pedro Ferreira
Rodrigo Paixão
Pedro Silva (suplente)
Lucília Achando (Professora)
Sónia Gonçalves (Professora)



CRIATIVIDADE- TESE FEITA PELA EQUIPA DA ESCOLA SECUNDÁRIA JOÃO DE BARROS
O Dicionário de Língua Portuguesa (Porto Editora, 2011) define criatividade do seguinte modo: capacidade de produção do artista, do descobridor e do inventor que se manifesta pela originalidade inventiva; faculdade de encontrar soluções diferentes e originais face a novas situações.
Depreende-se, pela definição, que o criativo é aquele que é capaz de criar, que tem espírito inventivo, pessoa cuja profissão é criar conceitos, objetos, modas…, que é original. Fora de vulgar, podendo dar mostras de alguma excentricidade ou mesmo extravagância.
Porém, fica por saber que qualidades, características ou capacidades têm os criativos que os tornem diferentes das outras pessoas. São ou não mais inteligentes? Que motivações têm para criar, tornando-se, portanto, diferentes e alvo de atenções? Que paixão ou paixões os movem?
A criatividade é o resultado de vários pontos de vista ou vários elementos que concorrem todos para um mesmo resultado. Para tanto, julgamos que há que ter em atenção características do próprio indivíduo como por exemplo a personalidade, temperamento, motivação e características intelectuais. A Auto motivação é uma característica fundamental. Que motivos terão para trabalhar por questões que ultrapassam o dinheiro ou o estatuto social!?
O criativo dispõe-se a arriscar e é persistente; perante a incompreensão ou a crítica é tenaz, mantendo-se firme perante dificuldades ou contrariedades. A firme vontade de realizar algo diferente, a determinação em atingir os seus objetivos (motivação), leva-o a explorar, sem restrições, qualquer caminho que considere inovador.
A curiosidade, o desafio, o otimismo e a perseverança são ótimos motores para criar, logo, serão características típicas dos criativos.
Tem que haver uma predisposição permanente para investigar, procurar; não fugir aos desafios que surjam, mas enfrentá-los procurando saber como o encarar, adotando uma atitude positiva, vendo em cada obstáculo/problema uma oportunidade de conceber algo de novo e, porventura, valioso. Vê os problemas não como questões estáticas, mas dinâmicas, com solução à vista, focando-se na ótica de que para cada questão há uma forma de a ultrapassar. Esta atitude de otimismo permite que não se deixem abater pelas contrariedades. Tudo é motivação!
Mais predispostos a encarar os preconceitos que lhes possam limitar o raciocínio, estas pessoas não desistem facilmente dos seus objetivos e perseguem-nos, mesmo quando o percurso se lhes afigura longo, tortuoso ou mesmo aparentemente intransponível, pois a busca de uma solução “criativa”, original requer determinação e sobretudo muita paciência. Centram-se, portanto, na felicidade, na alegria de encontrar a solução.
A humildade é também um fator determinante para o sucesso. A curiosidade e o prazer em aprender coisas novas determina que estas pessoas estejam sempre dispostas a ouvir as críticas dos outros a disponibilizarem-se emocionalmente para aprender sempre, são recetivos a novas ideias e factos e são também muito rigorosos e exigentes consigo. Nada é feito ao acaso.

Vítima de preconceitos e outros bloqueios mentais que o pode em alguns momentos enfraquecer, o criativo não se deixa abater e transforma os contratempos em oportunidades.
Os obstáculos à criatividade e inovação são múltiplos e mais ou menos conscientemente conhecidos de todos nós. Vejamos: a própria sociedade rege-se por padrões que nem sempre consegue alterar e rejeita a novidade e a inovação; não participa e opõe-se a todos os que ousam inovar, a ser diferentes. Há tradições com as quais é difícil mexer (por exemplo).
Há também questões laborais que podem ser uma pedra na engrenagem criativa: maus ambientes de trabalho (chefes autoritários, colegas invejosos, falta de apoios, de cooperação e de confiança ou outros). Alguns destes bloqueios são exteriores ao próprio, outros não serão (pessoas que desistem quando se veem muito limitadas e os próprios desistem - situação esporádica, mas que pode acontecer ocasionalmente - afinal somos todos humanos e os criativos também); Há também pessoas que não têm habilidade para negociar clara e objetivamente o que necessitam para os projetos – isto quando se trata de pessoas a trabalhar para outros (bloqueios de comunicação); depois, há os bloqueios emocionais que surgem em pessoas inseguras e que têm medo de arriscar, têm medo que os considerem ridículos e por isso, dificuldade em arriscar.
No que respeita o conceito de inteligência, devemos considerar a inteligência emocional como elemento fundamental para um bom desempenho seja em que área for.
A inteligência emocional (ciência que se dedica ao estudo da excelência pessoal; em psicologia, é um conceito que descreve a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles) tem sido muito estudada porque ajuda a resolver os problemas de uma forma consciente; esta capacidade, ao contrário do QI e outras medidas de inteligência tradicionais pode ser desenvolvida e aumentada.
A falta de controlo emocional tem um peso decisivo numa carreira profissional e a sua ausência gera conflitos laborais, falta de motivação e pode mesmo interferir nos resultados que se esperam numa tarefa (este assunto foi desenvolvido por um cientista chamado Deroní Sabbi, mas o “pai” da Inteligência emocional que se estuda em Programação Neurolinguística - a arte e a ciência da excelência pessoal - foi Daniel Goleman).
E uma vez que os melhores se distinguem pela autoconfiança, autodomínio, integridade, capacidade de comunicar, influenciar e colocar-se no lugar do outro, adaptando-se à mudança – os criativos (e as pessoas em geral) só têm vantagens em possuir esta característica porque faz deles melhores e mais competentes profissionais, mais proativos, flexíveis, persistentes e motivados o que lhes permite encarar as dificuldades com mais otimismo. O ato criativo pressupõe, muitas vezes, um trabalho de equipa, daí que a confiança entre membros da equipa seja essencial. Nas trocas sucessivas de ideias e upgrades de soluções é necessária confiança absoluta entre os membros; cada um confia incondicionalmente no outro no reconhecimento mútuo e na contribuição de cada um. A confiança só existe quando a honestidade é absoluta e estruturante no relacionamento entre as pessoas.
Em suma: a criatividade depende, a nosso ver, mais da motivação do que da inteligência individual, mas para atingir objetivos, para lidar com contrariedades e adversidades possuir inteligência emocional é muito importante.
Uma vez que o ato criativo resulta no cérebro como um “jogo” permanente entre o consciente e o inconsciente, a maior parte das vezes a solução do ato criativo surge num momento em que não pensamos nele.



Escola Secundária João de Barros:
Ana Luísa Florentim
Catarina Neves
Fábio Soares
Inês Santos
Lucília Achando (Professora)














Sem comentários:

Enviar um comentário